11-08-2012 Peregrinação a FÁTIMA

Idealizada por João Barbosa e concertada com o Marco Marques e Paulo Machado, realizou-se a Peregrinação a Fátima, com a presença dos seguintes Atletas e amigos: João Barbosa, Paulo Machado, Marco Marques, José Barros, Sérgio Martins, Ricardo Mendes, João Pedro Alves, Xavi Ballas, João Ferraz, Nuno Carvalho, José Mesquita, Benjamim Silva e Paulo Rua e ainda dois motoristas de serviço, um amigo do João Barbosa e outro o Pai do João Ferraz (Armando Ferraz), que foram simplesmente soberbos e profissinalissimos até pareciam experts da caravana da Volta a Portugal!

Assim, manhã cedinha tudo acertado em briefing inicial, viaturas de apoio carregadinhas com àgua, Coca-Cola, fiambre, presunto, queijo, marmelada, bananas, ameixos e croissants e ainda a sacada de fruta que o Benjamim trouxe e depois de resolvido logo problema com a Bike do João Pedro Alves (válvula poartida/substituição de Cãmara de ar), lá partimos para a jornada, previstos estava cumprirem-se 250 Km e efectuar uma média de 30 Kms/h, o que pessoalmente achava impossivel e uma loucura e que a ser assim alguns iriam terminar no carro vassoura!

Certo é que arrancamos já cerca das 6.30 e logo em ritmo alto (leia-se mais de 30 Kms/h de média), porém já à entrada da Trofa eis que um azar bate à porta do João Ferraz, precisamente logo na rotunda existente após a bomba de gasolina uma mancha de gasóleo derramado no alcatrão fez a bike deslisar (logo quando estava a curvar) e foi inevitável a queda, sendo o Benjamim e o Mesquita obrigados a fazer ginástica para evitar pior resultado tb para eles próprios. Imediatamente parou o pelotão e cuidou de assistir o companheiro e verificar a Bike, parecia mau prenuncio, mas de facto assim não foi! Continuamos e paramos em Castelo da Maia para Café rápido.

Passado o susto inicial e perdendo-se aqui algum tempo (mas o objectivo era a média em andamento e verificada nos contadores) prosseguiu a jornada, sempre com o grupo em alta velocidade e avisando uns aos outros e sinalizando os obstáculos que surgiam nas estrada para evitar azares (tampas saneamento, buracos, viaturas, pessoas, etc), realmente o pelotão até parecia composto apenas por verdadeiros profissionais da estrada e dado o número, a velocidade e o encaixe (dois a dois e 13 elementos bem juntinhos e entrosados) na passagem de locais mais povoados até recebemos várias salvas de palmas!

Os quilómetros iam passando em catadupa e o pelotão cada vez mais entrosado e à cabeça do mesmo quase sempre o Paulo Machado (fez para aí metade do percurso, talvez mais, na chefia), entreajudado por João Barbosa e Marco Marques, porém tb todos os outros passaram na cabeça do pelotão e ajudaram a marcar andamento vivo, revezando-se.

Chegados a Espinho, lá estavam as viaturas de apoio à nossa espera para paragem prevista 10 minutos, reforço alimentar e enchimento de bidões, àgua e sais minerais e esvaziamento de bexigas, lol! Combinada nova paragem agora Figueira da Foz (trajecto de 70 e muitos kms pela frente) e o grupo já mais rodado e com alimentação é que foram elas, pois os cabeças do pelotão, talvez receando (e normal é pensar nisso) as quebras de alguns, as caimbras ou outros e sobretudo o Paulo Machado, centrado que estava no objectivo 30 impós um andamento verdadeiramente louco, leia-se 37 a 44 Kms/h, mas, a verdade é que e espanto geral a malta não quebrava (haviam de ver a cara dos motoristas em especial do Armando Ferraz tb Atleta e habituado a btt e ciclismo a quando da paragem seguinte!!!)

Os quilómetros sucediam-se a velocidade estonteante e chegados à Figueira, nada de carrinhas, toca a contactar motoristas e constatou-se que aqueles em virtude do trânsito (note-se trajecto sempre por Estradas Nacionais) afinal ainda não tinham chegado à Figueira, faltando alguns Kms, pasmados claro (pudera!!!), acertamos então prosseguir e parar em Vagos (e realmente nem tinhamos reparado se as carrinhas nos tinham ultrapassado ou não), aí próximos lá passaram as viaturas e efectuamos paragem de cerca de 12/15 minutos, com os motoristas verdadeiramente varados com o andamento e de facto a média nesse troço foi de quase 40 Kms/h, para muitos algo impensável e de loucos!

Retomada a marcha, lá continuou o ritmo forte (sempre acima dos 30) e por volta dos 160 Kms, sobretudo quando surgiam subidas mais pronunciadas notou-se alguma quebra em alguns elementos, bechigas apertadas, algumas dores, que o diga o Mesquita, que estava com as pontas dos dedos dos pés a arder (e parecia isso mesmo), valeu um creme que a filha do Benjamim (Podologista) arranjara ao Pai e que salvou a situação (toca a prosseguir já com os sapatos mal apertados) e um Benuron que o Marco cedeu, para atenuar a dor na parte inferior das coxas (nada de caibras, magnésio a funcionar, lol), mas a verdade é que o ritmo prosseguia em alta, de quando em vez lá se tinha que pedir à frente do pelotão para abrandar um pouco (sim é que senão ainda batiam o record da travessia, lol, mas estava a dar gosto e podendo-se toca a malhar...!) o que aqueles imediatamente faziam e logo cuidavam de verificar se estava todo o mundo ok e em condições e mal se via recuperação lá subia a velocidade novamente para ritmos loucos. Verdade seja dita a união, o companheirismo e entreajuda foram simplesmente cinco estrelas, tudo malta do melhor, em suma verdadeiros prós! Valeu muito a experiência daqueles que já assim rodaram! Ainda bem, como tb as paragens para reforço sobretudo de liquidos, houve quem bebesse 6 bidões completos de água e sais, fora a bebida nas paragens! Sem isso nada feito!

Prosseguimos marcha e ainda antes de Leiria o João Pedro Alves sofre um furo rapidamente resolvido (mas a paradinha ajudou a retemperar forças) e felizmente nehum outro contratempo ou azar sucedeu e eis que estavamos já na entrada de Leiria, precisamente onde iria iniciar-se a fase pior, 22 Kms, 18 deles em subida e felizmente os «motoristas» lembraram-se de fazer paragem não prevista e que provou ter sido importantissima e logo numa altura de grande calor e quando a muitos já não restava água, aproveitamos logo para encher bidões e comer umas bananas que tanto ajudaram a aliviar o sofrimento na subida onde, aí sim, o ritmo baixou e de que maneira, mas os mais atrasados ajudados pelos mais fortes (aqui palavra de apreço ao Benjamim expert na leva de companheiros junto do grupo para recolar e muito ajudou o Mesquita e na fase final tb o Paulo Machado) e mesmo pelas viaturas de apoio a verdade é que lá chegamos a Fátima, tendo alguém encetado uma fuga ( dois dos mais jovens, Xavi e João Pedro), porém prevaleceu o grupo e foi assim que juntos entramos na Rotunda cerca das 16 horas, o que foi uma Grande Vitória, para todos e eram 16.15 estavamos em pleno recinto do Santuário e passado o momento de introspecção pessoal de cada um, tiramos a foto de grupo e algumas mais, e seguiu mensagem e telefonemas para o Nuno Peixoto (que estava a postar no facebook do grupo o andamento e decurso da viagem, obrigado Nuno) e para as respectivas familias. Tb uma palavra para o Biá (Paulo Rua) Triatleta de Famalicão e membro da direcção do FAC, simplesmente um compincha e um resistente!

Depois cada qual fez o que entendeu, desde simplesmente descansar, pensar, orar, oferecer esmola e queimar velas e no fundo absorver aquele ambiente, sem dúvida verdadeiramente mistico e que não deixa ninguém indiferente! Certo é que CONSEGUIMOS! Parabéns a todos! Grande feito este e para a maioria história verdadeiramente inesquecível! Obrigado FÁTIMA!!!

Video Completo: http://www.youtube.com/watch?v=iPXC37B-OKE
Album de Fotos:
https://picasaweb.google.com/107720500918396504510/11DeAgostoDe2012PeregrinacaoAFatima?authuser=0&feat=directlink
Resultado: 251 Kms, média 29.6 Kms/h (contabilizado só o tempo em andamento/cronómetros/velocimetros), acumulado e calorias dispendidas...de loucos, lol!